Pesquisadoras Japonesas visitam o Maranhão(interrupção extraordinária)

| terça-feira, 28 de agosto de 2012

A pouco tempo recebi a noticia de que duas pesquisadoras de origem e descendência japonesa estariam na capital para uma pesquisa sobre, a influência da linguagem japonesa em outras culturas,ambas provenientes de grandes universidades.Portanto decide interromper um pouco a reportagem sobre K-POP e abrir um espaço para esta!
A UERJ foi criada a partir da fusão da Faculdade de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro, da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, da Faculdade de Filosofia do Instituto La-Fayette e da Faculdade de Ciências Médicas, a Universidade cresceu, incorporando e criando novas unidades com o passar dos anos. Às faculdades fundadoras uniram-se instituições como a Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), o Hospital Geral Pedro Ernesto (Hupe), a Escola de Enfermagem Raquel Haddock Lobo, entre outras. Além disso, novas unidades foram criadas para atender às demandas da Universidade e da comunidade, como o Instituto de Aplicação (CAp) e a Editora da UERJ (Eduerj), entre outros.
E a Universidade de Estudos Estrangeiros (东京外国语 Tōkyō Daigaku Gaikokugo? ), muitas vezes referida como Tufs, é uma universidade localizada em Fuchu , Tóquio ,Japão .
TUFS é essencialmente dedicada à língua estrangeira , relações internacionais e estudos estrangeiros. Ele também possui uma instituição Ásia-Africano.A Universidade é a mais antiga instituição acadêmica dedicada a estudos internacionais no Japão. A Universidade começou como Instituto de Pesquisa de Documentos Estrangeiros um departamento do Shougunato Tokugawa de tradução criada em 1857.
Elisa Massae Sasaki e Chika Takeda
Grandes universidades, e o apoio do Ministério da Educação do Japão.É o que há por trás da pesquisa cientifica das professoras, Chika Takeda, Professora de Literatura Brasileira, da Tokyo University of Foreign Studies - TUFS ,Satomi Kitahara e Elisa Massae Sasaki, Professoras de Cultura Japonesa na UERJ.
A pesquisa se chama, Japanese Language as the Networking Ties,e visa pesquisar os laços da língua japonesa que envolvem até mesmo a comunidade não nipônica.Nota se a profundidade da pesquisa pelo fato da mesma ter chegado ao Nordeste do Brasil,onde grande parte cultura nipônica ainda é representada exclusivamente pelos eventos pop de anime,e quase que exclusivamente por interessados que não tem herança japonesa.
Sendo assim as professoras entraram em contato com a organização dos eventos,Matsuri do Maranhão e SANA de Fortaleza para entender como esses laços foram formados.Sendo assim Miguel (organizador do Matsuri)entrou em contato com Breno,(organizador do primeiro evento de anime do estado)e comigo a blogueira que vos escreve ex responsável pelo único evento acadêmico do gênero e com um trabalho antropológico sobre os eventos locais,para conversar com as pesquisadoras.Infelizmente por dar aula o dia inteiro não pude comparecer a este encontro impar,porém Miguel muito solicito,fez o papel de correspondente do Blog e além de responder a nossa entrevista com ele,levou até as professoras a entrevista do blog Cosplay São Luis.
Primeiramente a entrevista com Miguel-Organizador do Matsuri(maior evento pop do estado e da Caravana SANA MA.)
CS-Como foi o seu primeiro contato com as professoras e seu trabalho?
Miguel -Tive conhecimento do trabalho desenvolvido através das próprias professoras, que entraram em contato comigo no inicio de julho por indicação do Instituto J-Pop BR, do Rio de Janeiro. Elas estavam em busca de grandes eventos no nordeste, para fazer parte da pesquisa científica com o apoio do Ministério da Educação do Japão.
Miguel
Durante a ligação elas comentaram sobre parte da pesquisa chamada “Japanese Language as the Networking Ties” que tem como objetivo elucidar o papel da língua japonesa enquanto “laço”, isto é, como a língua e cultura japonesa para formar comunidades fora do Japão.
Foi dai que partiu o convite para o Matsuri, fazer parte da pesquisa como representante do Estado. É importante que resaltar que apenas dois estados estrão representando o nordeste, o Maranhão (Matsuri) e Fortaleza (SANA).
CS-Como foi lidar com a responsabilidade de mostrar que no MA também existem otakus e fãs da cultura nipônica em geral?
Miguel -Nossa, com certeza é muita responsabilidade. Embora ainda haja todo aquele esteriotipo de nordeste. Nós estamos a cada dia sendo mais reconhecidos, principalmente fora do estado.
É visivel o crescimento da culutra pop japonessa ao redor do globo, e principalmente no país. No Maranhão não poderia ser diferente, já temos destaques em atrações como dubladores, cosplayers famosos, bandas. Alem de concursos tanto nacionais quanto internacionais e muitas outras atividades.
Contudo, nosso Estado não perde em nada para os eventos de São Paulo, todos os convidados nacionais que vieram ao Matsuri afirmaram isso no palco do evento.
Foi uma supresa para as professoras Elisa Sasaki e Chika Takeda, foi saber que há vários eventos que acontecem não só em grandes capitais como São Paulo, mas no Ceará e Maranhão, onde praticamente não há colônia japonesa.
Esta pesquisa vai servir como mais uma grande porta, só o fato delas vierem buscar o Matsuri já é uma vitoria para todos otakus e fãs da cultura nipônica em geral de São Luís, pois mostra que nosso estado esta sendo falado lá fora!
Fico muito feliz em poder fazer parte disso ;3
CS-Como organizador do maior evento pop do estado, e fã, você esbarra em alguma barreira quando o assunto é ser realmente um fã de cultura nipônica ou organizar um evento?
Miguel -Ser fã foi o motivo de começar a organizar eventos, queria divulgar o anime e mangá de forma que as pessoas leigas entendesse. Foi então que surgiu a oportunidade no meu primeiro período de faculdade, onde junto com Jean Carlos (ex Esdutido Deltha) elaboramos um projeto de metodologia cientifica com a cultura j pop como tema, eis que nasce o Anime Matsuri hehehe
(em off: eu fui o ultimo membro do Deltha¹ antes do grupo encerrar suas atividades hehehe, pouca gente sabe disso!)
1-Deltha foi um dos primeiros estúdios de desenho e organização de eventos anime e mangá do MA.
Miguel-Cosplay Alucard
Quando falamos em barreiras creio que não só eu, mas os demais organizadores de eventos tambem devem passar por isso. Pois, o grande problema de se organizar um evento do tipo é a falta de patrociniadores e a baixa adesão do setor publico e privado. Ainda somos ‘orfãos’ nisso aqui (infelizmente), já perdi as contas de quantas vezes paguei do meu pobre dinheirinho as coisas do evento >_< Hallan e Adriana que o digam (eu não sou rico ‘-‘ nem moro na ponta d’areia, muito menos tenho parente politico haha)
No incio do Matsuri havia muita dificuldade das empresas em conpreender do que se tratava um evento de anime e mangá, mas isso tem diluido a cada ano, graças a valorização da cultura feita em destaque massivo deste o centenario de imigração Japão – Brazil e atraves de empresas como a JBC.
Mas, estamos na luta para fazer o evento ainda melhor indepente de qualquer dificuldade, o Matsuri nunca desiste =) e graças a Goku estamos conseguindo instigar o interesse das empressas daqui, agora é continuar em frente!
Ah queria aproveitar para convidar a todos para o Matsuri V, que será realizado nos dias 10 e 11 de novembro de 2012, das 10h às 20h, no Centro de Convenções do Maranhão.
Curtam nossa fanpage também, Matsuri V
Abraços a todos os leitores do Cosplay São Luís :3
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Site do Matsuri V www.matsurima.com.br
Agora a entrevista com as professoras,Elisa Massae Sasaki e Chika Takeda
CS- Apesar de ser considerada uma das línguas mais difíceis de aprender, o japonês está sendo bastante requisitado como segunda língua principalmente pelos jovens. A que você acha que se deve esse fator?
A língua japonesa falada no Brasil, inicialmente se deve a imigração japonesa ao país e ao desenvolvimento da comunidade nipo-brasileira. Além disso, quando o Japão se tornou uma potência econômica mundial, o japonês passou a ser requisitado. E agora, a cultura pop japonesa esta ajudando a difundir a língua.
CS-O Curso de Japonês, apesar da procura ainda não se conhece uma escola referência em aprendizado da língua nem existem muitos profissionais capacitados a lecionar. Qual seria uma solução prática em sua opinião para amenizar esse problema e qual escola você indicaria?
Na região sudeste do Brasil, tem uma presença maior de japoneses e seus descendentes, assim como há cursos de japonês, de extensão, de graduação, pós-graduação nas universidades, o que contribui para a formação de profissionais capacitados a lecionar. Nesse sentido, acreditamos que a criação de curso de japonês nas universidades da região norte-nordeste contribuiria para amenizar esse problema.
CS-Muitos não japoneses aderem cada vez mais a cultura do Japão principalmente no universo pop. Como você vê essa aproximação das outras etnias com a cultura nipônica?
A difusão da cultura pop japonesa pelo mundo afora contribui imensamente para os contatos interculturais, o que é muito positivo, pois permite compreensão mutua de diferentes povos.
CS-Qual sua opinião sobre os eventos pop nipônicos os aqui chamados, ”eventos de anime”
que em sua maioria são organizados pela comunidade sem descendência japonesa?
Os eventos de anime são bem-vindos para a difusão da cultura japonesa, embora a mesma não se resuma ao mundo pop. Notamos que a organização desses eventos de anime não passa necessariamente pela descendência, mas sim pelo interesse no assunto.
CS-Onde podemos encontrar seu trabalho, ou ter mais informações a respeito da sua tese?
A tese de doutorado da Elisa Massae Sasaki esta disponível no site da Biblioteca Digital da Unicamp e é sobre a migração internacional contemporânea de brasileiros no Japão.
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000442741
CS-Deixe aqui seu recado para os fãs da cultura oriental!
Esperamos que o anime / manga seja um convite para conhecer os vários outros aspectos da cultura, língua e sociedade japonesa.
O Matsuri também recentemente anunciou como convidada nacional Akemi Matsuda,mas esse será conteúdo para uma próxima reportagem!
Beijos e acompanhem também nossas próximas reportagens.

4 comentários:

  1. Olá, Adriana,

    Muito obrigada por nos receber virtualmente no seu blog maranhense. Foi mesmo uma experiência ímpar conhecer a sua terra. Foi mesmo uma pena não lhe ter encontrado pessoalmente. Mas não faltará oportunidade, não é mesmo?

    Só uma observação: eu sou professora visitante da "Universidade do Estado do Rio de Janeiro" (UERJ) e não da "Universidade Federal do Rio de Janeiro" (UFRJ), embora tenhamos uma ótima convivência e diálogo.

    Gostaria de dizer que a Profa. Chika voltou bem ao Japão e tb achou uma ótima experiência visitar vcs aí no nordeste brasileiro.

    Um grande abraço para todos de SLZ que nos recebeu tão calorosamente!
    Espero poder voltar em breve aí ^_^

    Cordialmente,

    Elisa Massae Sasaki
    Professora Visitante de Cultura Japonesa
    Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
    Instituto de Letras - ILE
    Depto. Letras Clássicas e Orientais - LECO
    Setor de Japonês

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  2. Muito obrigada pela correçao! Já estou corrigindo o post!
    e sejam sempre bem vindas ao nosso espaço!

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E você otaku/otome, o que acha?

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